Compositor: Jason Pollock / Jason Ross
Há um garoto alto, um mulato, que eu conheço
E ele vai a todas as festas, fica sozinho
Observando os outros, de canto de olho
Fica tão claro que ele não está julgando ninguém
A maneira como seus braços flutuam ao redor da sua gaiola — ele está preso
O canário canta, silenciosamente traz sua voz à fúria
A maneira como eles param e encaram, como viram as cabeças
É o suficiente pra fazê-lo querer fugir
Mas ele fica, mantém sua posição
E eu sou tão patético
Do jeito que condescendo sem nem saber o nome dele
Ele guarda isso numa caixa, pendura na orelha
Olha pra todo mundo sem o menor medo
Isso me envergonha tanto
Corpo esguio, escapa pelo meu olhar
Eu não dou a ele uma única chance
O jeito como ele balança pra frente e pra trás
Faz um zumbido no meu ouvido
Constantemente me lembrando que nunca paro pra ouvir
Ele dizer "olá, olá"
E eu sou tão patético
Como uma mariposa batendo contra sua chama sem deus
Eu não consigo condescender ou nem mesmo entender o que me domina
Quando vejo seu rosto sem vergonha
Então, raiva, por favor, se revolte contra mim
Me derrube, me derrube, me perdoe
Pelo que eu fiz — sou tão patético, tão patético, tão patético
Tão patético, tão patético, tão patético